Tema: O macro é micro ou o micro é macro?
O dia em
que levantar com mania de superioridade imagine o universo, faça um círculo que
ocupe meia página de seu caderno. Considere que você reduziu o universo ao
ponto de que ele caiba dentro desse círculo, com seus inúmeros mega sistemas,
galáxias, nebulosas, constelações, etc.
Preencha
aleatoriamente o interior desse círculo com pontinhos de tamanhos diversos até
ocupar mais ou menos 50% da área do mesmo. Feito isso, denomine cada ponto como
sendo um macro sistema que compõe o universo. Entre eles escolha um e dê a ele
o nome de Via Láctea, que é o nome de nossa galáxia, a qual abriga inúmeros
sistemas.
Bem, agora não é de maneira aleatória que vamos apontar
o Planeta Terra no Sistema Solar, pois, ele tem sua posição definida na ordem dos
planetas em torno do Sol.
Identificando o nosso planeta no Sistema Solar, vamos
proceder sua ampliação para o próximo círculo, emboçando os contornos das
Américas, pois, nesse conjunto, está o continente Sul americano, e neste
continente, o nosso país, o Brasil.
Os próximos círculos representam um exercício
cartográfico, pois em seguida virão os mapas do continente Sul americano e do
país (Brasil); do estado da pessoa, da cidade na região, e a localização da
pessoa na sua cidade, quer seja na área urbana ou rural. Chegamos no item
‘pessoa’ (o ser humano), e os demais seres que habitam no planeta.
Comentário
para reflexão intermediária
O planeta Terra está para os seus seres
vivos assim como o Universo está para os seus sistemas astrais.
Como no círculo inicial colocaremos todo
universo dentro de sua esfera. Desta vez vamos colocar no círculo do mesmo
tamanho toda população terrestre. Bem, não vai haver espaço para todos, mas
imagine o círculo todo em preto, então, retire dali um pontinho e amplie para o
próximo círculo com o contorno de uma figura humana.
Pegue uma das cinco partes em que se divide o corpo
humano. Ex. a cabeça e amplie para o próximo círculo.
Cabeça, região onde está localizada o
comando central do nosso corpo, o cérebro, responsável pelos movimentos
voluntários e involuntários que realizamos. Órgão dividido em setores, e cada
um com atribuições pré-definidas, com sua intrincada rede de neurônios
(semelhantes a rede de telefonia celular, entrelaçados sobre toda a atmosfera
do globo terrestre, às vezes perdendo algumas mensagens, mas a maioria,
felizmente, atingindo seus objetivos em segundos ou em uma fração desse tempo).
Os neurônios são alimentados por reações
eletroquímicas, responsáveis pela nossa capacidade e discernimento,
interligando os comandos de ações, reações, emoções e tudo mais que, de alguma
forma, comanda o nosso comportamento, às vezes com atitudes imprevisíveis,
talvez porque dominamos muito pouco de sua capacidade.
Bem, deixemos o imaginável e abstrato e
vamos para o mensurável e visível, mesmo que tenhamos que recorrer a meios
auxiliares, os microscópios. Vamos dar uma observada em nossa boca, órgão que
nos proporciona tantos prazeres, tais como o paladar, a fala, a ingestão de
alimentos, o sorriso aberto para quem está com a dentição perfeita, bem como
outros indiscutíveis. Porém, a boca também nos traz e cria diversos
aborrecimentos e complicações, desde a calúnia, a mentira, a ingestão indevida
de forma voluntária ou involuntária, sendo, também, uma porta aberta para a entrada
de diversos elementos nocivos à nossa vida e saúde.
Saiba que cada vez que escovamos os dentes,
fazemos uma obturação, enxaguamos a boca ou espirramos, estamos exterminando
com colônias de seres que habitam neste local, independentemente de nossa
vontade. Imagine, então, os que estão nas demais partes do corpo. Exemplo: Suas
vísceras, seus intestinos, sob suas unhas, entre seus cabelos, em toda área de
sua pele, etc. Enfim, cada um de nós, pode ser um Universo.
Considerando
a teoria do Big-Bang como a provável explicação da formação do Universo, sendo
este, no início, um volume de matéria de enorme densidade que explodiu em
fragmentos e que foram se inflando e se afastando, dando origem à forma atual,
que admitimos e que hoje ainda está em expansão (apesar de nos parecer estável
devido a nossa curta duração biológica).
Respeitando
as devidas proporções e a pretensão de sermos, também, um universo, pois
durante a nossa vida biológica vários ciclos de vida microscópicas e até mesmo
visíveis, criam, procriam, aparecem, desaparecem, passam por metamorfoses, nos
agride de várias maneiras tal qual fazemos com a natureza, podemos pensar que
estamos para um Big-Bang como uma bactéria ou um vírus está para o nosso
planeta. Então, pode ser que outros Big-Bang formaram outros universos como o
nosso, daí que em relação à primeira hipótese somos n vezes fração de fração e
seremos infinitamente menores, se a segunda hipótese for verdadeira.
Esse
valor é imensurável, mas deve estar semelhante a proporção de um vírus para o
restante da humanidade.
CONCLUSÃO
RESUMIDA
Quero
com essa ótica apenas passar a ideia que nenhum ser humano é grande e poderoso
o suficiente para se considerar um inteiro. Será sempre uma fração, com um
maior ou menor denominador, sendo parte de tudo aquilo que lhe agrada ou
repugna.
O seu
denominador será menor na medida em que sua participação no conjunto for a
benefício do restante que, embora nos desagrade, é inerente a todos nós.
Comparando
com otimismo estamos para o nosso planeta como um glóbulo vermelho ou branco
está para o nosso corpo. Porém, para um avaliador imparcial, estamos mais para
um vírus degenerativo, diante as agressões que causamos em nosso planeta,
alterando e contaminando toda a crosta terrestre (sólidos, líquidos e gasosos), e já indo além de nossos limites
gravitacionais com artefatos em viagens
interplanetárias num caminho sem volta, passando por órbitas de outros
planetas e que, se bem sucedidas, irão fazer parte da poeira cósmica junto a um
cinturão de asteroide que parece estar em uma órbita limite do Sistema Solar.
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