HADDAD X SERRA: DISPUTA do 2.º TURNO À PREFEITURA DE SP
O jogo político
é comparado em gênero, número e grau, ao jogo de xadrez. Em seu tabuleiro, onde
o xeque-mate não ocorre e nem se pronuncia com todas as peças em jogo, sendo
que apenas algumas delas sobrevivem compondo os elementos antagônicos para o
duelo final.
Nesta
modalidade as peças do jogo convencionais, denominadas de reis a peões, são construídas
de marfim, madeira, plástico e outros materiais. Já no ‘jogo’ da política, elas
são substituídas por pessoas físicas, e aí o presidente LULA supera e causa
inveja ao conhecido campeão de xadrez ALEXANDER GASPAROVIC, ou qualquer outro
da atualidade, pois, de reis a peões, no quesito “humanitário”, o presidente
LULA conhece como ninguém.
Creio que enquanto
eu estiver lúcido jamais me esquecerei quando presenciei algumas cenas da
postura do sindicalista LULA negociando com o presidente e diretoria da
Volkswagen do Brasil, o nosso futuro na empresa, durante o almoço no Refeitório
“Ó” da Ala III. Ele (Lula), deve se lembrar disso.
De um lado,
e com a faca nas costas, LULA, até então conhecido nacionalmente apenas como o
presidente do Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo (SP),
representando os trabalhadores do segmento metalúrgico da região, e por que não
dizer do país?
Do outro lado, a empresa representada pelo seu
presidente, no Brasil, juntamente com os diretores de diversas áreas
específicas como a de vendas, financeira, exportação, produção, RH e outras, do
imenso corpo administrativo da referida multinacional, disposta a deixar o
Brasil, se transferindo a um país vizinho, caso não houvesse um acordo que lhes
fosse satisfatório.
Foi então,
que notei que LULA não era apenas um líder sindical, mas sim, um mediador
internacional (o presidente sabe dessa minha posição, desde quando recebeu das
mãos do deputado Pedro Teruel do PT-MS a carta que lhe enviei datada em
11/11/2002). Neste tratado, o LULA sindicalista não estava negociando ganhos
para sua classe, mas sim perdas para toda categoria e seus familiares. Pois
nesta pauta de ‘permutas’, a mercadoria em jogo não era somente os anéis
representando os direitos conquistados ao longo de várias reinvindicações
periódicas, mas sim os dedos, mãos, braços e até mesmo a vida do trabalhador,
pois a empresa, para continuar competitiva no mercado nacional e internacional
teria, como teve, que readequar seu processo produtivo com os mecanismos da
informatização, automação, robotização bem como outros mecanismos advindos da
tecnologia embarcada, dando, então, início a uma nova era da indústria
automobilista no Brasil, com muitas perdas da mão de obra, em sua maioria não
qualificada, que teria que ser absorvida de alguma forma pelo mercado de trabalho.
Com a
aplicação da ISO 9000 (International Organization for Standardization, que
traduzido significa Organização Internacional para Padronização), em ordem
numeral, ascendente, porém, não obrigatoriamente sequencial em valores numerais
unitários, as empresas automobilística no Brasil tiveram que assumir o
verdadeiro papel de montadora de veículos e não de produtora de veículos,
repassando assim, a responsabilidade sobre os itens comprados, na composição
dos seus veículos, inteiramente aos fornecedores dos tais componentes montados,
bem como a obrigatoriedade da reposição dos mesmos no caso de defeitos de
fabricação no lote identificado, sem ônus ao proprietário dos veículos
adquiridos com tais anomalias. Assim, surgiu primeiramente na indústria
automobilística do Brasil, o termo “RECALL” (do inglês "chamar de
volta", traduzido para português como "chamamento"). Veja que
não é tão simples, como parece, o papel de um mediador conciliador com tantas
implicações envolvidas, conquistado naquele tempo pelo já experto Lula.
Com tanta
experiência adquirida em áreas onde a ciência exata se apresenta com fatores
preponderantes para alcançar com objetividade resultados coerentes e positivos,
no campo político LULA navega com tranquilidade, pois, na política os valores
envolvidos são mais subjetivos e carismáticos possíveis, e isso, o presidente
LULA tira de letra.
Veja o caso
do candidato petista FERNANDO HADDAD (futuro prefeito de São Paulo). Começou o
período pré-eleitoral com dois por cento da preferência do eleitorado paulistano,
e, no momento, lidera com folga sua posição contra o seu adversário tucano JOSÉ
SERRA. E isso não é por acaso. Lembro-me quando estive no escritório politico
do deputado Vicentinho em São Bernardo do Campo, em meados de 2011, para marcar com seu assessor
JOSÉ NELSON BANHARA, uma reunião com o referido deputado, o prefeito LUIS
MARINNHO, e, se possível, até o presidente LULA, já desobrigado de suas
atividades como presidente ativo do Brasil, para analisar a viabilidade do meu pré-projeto
antienchente com possível aplicação em SBC e na Capital, e em situações
análogas.
Porém fui
alertado que o presidente LULA estava empenhado com enumeras palestras e
reuniões já agendadas, e que sua presença naquele período
tornava se impossível. Acredito que desde aquela época, LULA já estava
articulando a possível candidatura de FERNANDO HADDAD para prefeito da capital
de São Paulo. Veja que isso não começou ontem.
Devo voltar
a SBC logo após 27/10/12 para dar andamento à viabilidade de meu projeto ganhar
aprovação e entrar em operação, já que o prefeito LUIS MARINHO está reeleito e
a vitória de HADDAD, é só uma questão de dias.
Antônio Evangelista Neves.
Diretor do Jornal da Região
de Palestina-SP.
Site: www.jornaldaregiaopalestina.com.br
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