Petróleo na superfície do mar: Acidente ou crime globalizado contra a natureza?

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As jazidas de petróleo atualmente exploradas abaixo do fundo do mar foram ali formadas num período na pré-existência dele, (o mar), quando essas regiões hoje submersas, há milhões de anos, eram de terra firme e seca.


Durante esse período a crosta terrestre passou por várias alterações geofísicas causadas por inúmeros fenômenos naturais como erupções vulcânicas, abalos sísmicos, causados por acomodações, devido à constantes movimentações das placas tectônicas, provocando terremotos da ordem de 1 a 10, na escala Richter, quedas de asteroides  alteração repentina da inclinação do eixo imaginário de rotação da Terra e outros com menor intensidade, mas que, somados ao longo do tempo, provocam seus quantificáveis efeitos.

Embora tudo que fora citado quanto às alterações geofísicas esteja ocorrendo de maneira continuada e ainda podendo ocorrer no caso dos asteroides  que felizmente, e por enquanto, ainda não houve registros considerados catastróficos de maneira generalizada em nossos tempos devido a nossa curta duração biológica individual e até mesmo coletiva por várias gerações. Tais fenômenos são por nós considerados como fatos isolados, vistos e considerados como se fosse uma fatalidade, ao invés de serem compreendidos como um fenômeno de ordem cíclica e natural regidos pelo dinamismo do universo.

Como se tudo isso não bastasse, o homem começa interagir e alterar o que até então se encontrava em repouso e em equilíbrio, visando a exploração desses recursos, de forma irresponsável e egoísta onde apenas o financeiro fala mais alto no conjunto das prioridades.

Considerando o que fora até então exposto, é do meu entendimento bem como do meu ponto de vista, o abordado como tema na manchete deste texto, “Petróleo na superfície do mar: acidente ou crime globalizado contra a natureza?”,  baseando-me apenas em conhecimentos adquiridos nas aulas de Física e Ciências, associadas às leis da mecânica dos fluidos e compreensão das propriedades dos elementos especificados em ordem na tabela periódica, estou convicto e seguro para opinar sobre o que segue.

Sendo o petróleo mais leve que a água, ele permanece sob ela separado por uma camada de sedimentos que devido a grande viscosidade do petróleo e a pressão da coluna de água exercida sobre ele, de ordem proporcional, a profundidade do mar naquela região o torna impermeável, impedindo que o petróleo aflore à superfície, embora mais leve que a água.
O perigo advindo do homem

Devido às inúmeras perfurações efetuadas nessas camadas de sedimentos para sondar a viabilidade econômica na extração do produto e desconsiderando o meu exagero na comparação, essas perfurações estão transformando sua superfície semelhante a um queijo suíço em corte horizontal, e, se os resultados forem satisfatórios, virá após a aplicação de todo aparato necessário para a extração comercial devidamente calculada, considerando em primeiro plano, o quesito ‘lucratividade financeira’, tornando e deixando vulnerável, o que estava em equilíbrio até então, a mercê da própria natureza.

O processo básico de extração de petróleo em profundidades acentuadas em terra e mar consiste em adequar o diferencial de pressão P (Delta P), entre a jazida e a torre de extração quer estejam em terra firme ou nas plataformas fixas e flutuantes sobre as águas.

Essa proeza é conseguida aumentando a pressão no interior da jazida de duas maneiras distintas, injetando gás na parte superior ou água na base da mesma respectivamente, sendo aplicado o recurso que for mais conveniente e lucrativo para o explorador, creio que o segundo caso seja o mais aplicado, pois, dessa forma o petróleo é extraído na parte superior da jazida até o final sem a necessidade de reposicionar o bocal de captação.


Porem deve estar ocorrendo um procedimento híbrido e irresponsável nesse processo de aplicação de pressões com recursos da energia cinética, desequilibrando assim, desfavoravelmente a pressão potencial exercida pela coluna de água, sobre a camada de sedimentos podendo assim, ocorrer e infelizmente já ocorrendo em alguns casos ainda não difundidos, fissuras na camada de sedimentos entre as partes (água e petróleo) fazendo com que o petróleo aflore à superfície da água de forma espontânea, porem, de maneira incontrolada por quem seria o responsável pela avaria.

E isso, sem contar com a possibilidade de um vulcão romper uma ou mais dessas jazidas causando assim um desastre natural de proporções ainda desconhecidas em nossa contemporaneidade.
Felizmente a natureza tem sido mais sábia que o homem, entretanto, não sei por quanto tempo ela irá resistir as agressões imensuráveis da raça “humana”.

Palestina, 23 de maio de 2013.

Autor: Antônio Evangelista Neves 

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