O milagre da vida em nossas vidas

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Tudo o que já existiu, o que ainda existe, e o que poderá existir, na forma material, foi ou será criado a partir do átomo. Embora ainda podendo ser dividido, ele é a menor partícula de um elemento nobre na formação de qualquer coisa existente no universo, sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos, e pertencentes aos reinos mineral, vegetal e animal.
A união de átomos diferentes, forma moléculas e moléculas em quantidade, formam células, e bilhões de células formam tecidos, e um volume expressivo de tecidos formam determinados órgãos e membros. Vários órgãos e membros interligados e organizados para exercer determinadas funções especificas, formam, no nosso caso, um ser pluricelular que dentro da normalidade é composto de dezenas de trilhões de células.
Porém, para que isso ocorra com naturalidade, faz se necessário a intervenção do milagre da vida. Que graças a Deus, pois somente Ele, tem o poder de interagir nesse processo, pois o homem nada mais é do que uma de suas criaturas e não um Creador.
A nossa vida se inicia com a morte da metade dos caracteres de cada um dos parceiros denominados nesse estágio, como óvulo o da parte feminina e o espermatozóide da parte masculina. Ambos trazem de suas fontes, 23 (vinte e três) pares de cromossomos, porém, ao se unirem cada um, abre mão da sua metade para que um novo ser humano diferente de todos que já existiram ou que ainda existam e que foram formados a partir dos 23 pares de cromossomos.
Por isso, procure dar o melhor de si durante a sua vida para não pesar no Creador a culpa de ter descartado, talvez, a melhor parte (os outros 23 pares), efetuando assim, a escolha em favor da pior.
O milagre da vida material tem seu início a partir do momento do desencadeamento da multiplicação celular. Quando nos primeiros estágios, utilizando-se da energia contida em cada um dos participantes, o seja, o óvulo e o espermatozóide (no nosso caso) que dependendo de sua complexidade, origem e do propósito do Creador, formam no reino animal organismos e seres que vão desde a base até o topo da pirâmide da vida onde o homem se auto posiciona no seu ápice como o primeiro na escala do reino animal.
Após consumir uma boa parte de suas reservas energéticas nos processos de duplicação celular, desde a fase denominada como zigoto, ele parte em busca de uma nova fonte de energia passando por um verdadeiro corredor polonês.
E se for bem sucedido, irá se fixar na parede do útero materno, e tal como um hóspede numa sala Vip, estabelece-se ali um canal de completa inteiração com o sistema digestório da mãe, a qual o nutrirá durante as fases embrionária e fetal por até nove meses isso, se não for despejado, quer seja por uma rejeição natural ou provocada (aborto).
Sendo durante esse período, denominado comumente, como feto. Se for um vencedor em todas as fases intrauterino, será apresentado ao mundo exterior, como um bebê e boa sorte, pois, a partir daí, as provações serão ainda maiores.
Para compreender o grau de complexidade na formação e formatação do ser humano nas diversas combinações possíveis e no seu todo, façamos uma comparação entre esse desconhecido no próprio meio, com algo que conhecemos ou que ao menos deveríamos conhecer de maneira superficial e simplificada.

Vamos imaginar um quebra-cabeças com a ilustração do mapa do Brasil com as devidas demarcações dos seus estados, municípios, rios e demais identificações geográficas possíveis, inscrito numa área de cem metros quadrados sobre um material rígido de um centímetro de espessura, e dividido em pedacinhos de um centímetro quadrado cada, obtendo dessa forma, um número expressivo de cubinhos com um centímetro de aresta.

Vejamos como fica em valores numéricos:

100x100=10.000 metros quadrados, contendo cada metro linear cem centímetros, logo teremos novamente a expressão;
100x100=10.000 centímetros quadrados resultando então a expressão;
10.000x10. 000=100.000.000 de cubinhos de um centímetro de aresta e supondo que cada cubinho pese 10 gramas, cada 100 cubinhos pesam 1.000 gramas, ou um quilograma, sendo assim, o nosso quebra-cabeças, devidamente embalado, terá o peso liquido em quilos igual a 100.000.000, divididos por 100, que são iguais a 1.000.000 quilos, ou 1.000 toneladas, como quiser.

Imagine então, se lhe fosse concedido um lugar plano fora do planeta bem como as condições necessárias para você montar esse quebra no tamanho real.

Ficaria assim a sua ordem racional, sabendo que cada quilômetro contém 1000 metros;1000x1000=1.000.000 de metros quadrados e contendo cada metro quadrado 10.000 centímetros quadrados, logo,
1.000.000x10.000=10.000.000.000 por quilometro quadrado porém, o nosso País o Brasil, contém uma área de 8,5 milhões de quilômetros quadrados o que leva multiplicar 8.500.000x10. 000.000.000, o que significa elevar o número 85 à decima quinta potência, obtendo assim, 85.000.000.000.000.000 de cubinhos, que embora pesando apenas 10 gramas cada um, ao dividir esse valor por 100.000 vamos obter o valor de 850.000.000.000 bilhões de toneladas, o que será uma utopia em qualquer tempo pensar nessa possibilidade.

Bem, espero que tenha feito um bom exercício mental no campo da reflexão, é claro, pois, multiplicar e dividir na base 10 torna-se uma operação muito simples.

Voltamos então ao cerne da questão, ou seja, o ser humano, que no campo da materialidade é composto por aproximadamente 70 trilhões de células que tiveram suas origens a partir de um número expressivo de moléculas, procedentes da união dos átomos com propriedades diferenciadas.E isso, no campo físico, ou seja, onde quase tudo é mensurável, quantificável, provável e admissível, porém, com uma margem de incerteza bastante ampla em alguns dos casos diagnosticados.

Já no campo da imaterialidade, é que a complexidade aumenta, pois, se no campo material onde até certo ponto pode ser visível e manipulado com a ajuda de complicados dispositivos e aparelhos de altíssima tecnologia aplicada, que no caso, tem contribuído em muito na redução do ato cirúrgico invasivo.

Imagine então lidar e interagir com o abstrato em se tratando do consciente nas duas polaridades o positivo e o negativo, o inconsciente no estado adormecido e o ativo que, em minha opinião, é o pior deles, bem como lidar com a dor, o medo, a angústia, a mentira e outras tantas sensações e fobias manifestadas em cada um de nós de forma diferenciada, deixando o profissional bem intencionado em quaisquer das áreas relativas à nossa saúde, perplexo no desempenho de suas atividades e deveres para com seu semelhante, quanto aos resultados obtidos.

Dessa forma, penso que a nossa participação na realização do milagre da vida é mínima e até mesmo casual, na melhor hipótese, quando não, irresponsável na maioria dos casos na prática banalizada do ato sexual em nossos dias, já ultrapassando, e o pior, de maneira generalizada, os níveis das citadas Sodoma e Gomorra no Velho Testamento.
Sendo assim, ainda não somos ou nunca seremos dignos de uma inteiração maior nesse milagre da vida. Quando muito, estamos mais como um infiel depositário da metade do material genético que poderá ser ou não usado devidamente.

Diante do que foi exposto, pergunto: Você, leitor, conseguirá montar o quebra-cabeças na versão reduzida e ainda com todas as peças com suas posições já demarcadas ao invés de construí-las num período de nove meses? Não?

Então, pense antes de se meter na aventura de um ato sexual impensado, podendo assim estar gerando uma vida sem o devido conhecimento e capacidade, para compreendê-la e sustentá-la. Compreenda que a nossa maior parte foi formada e combinada a partir do invisível.

Nesse texto, bem como em outros já postados no meu blog, acessando o site do Jornal da Região de Palestina, tenho procurado transmitir ao leitor um estado de conscientização para uma melhor compreensão, reflexão, quanto à nossa inteiração, participação e razão de existirmos neste planeta, mesmo num período de curta duração.

Assim, eu tenho procurado entender o milagre da vida em nossas vidas, enquanto matéria, e dedicando para me tornar digno da fase espiritual.


Palestina, 06 de maio 2012.

O autor: Antônio Evangelista Neves

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